Em diferentes momentos da história, a criação do busto ou da escultura contribuiu para o entendimento de períodos tão distintos e tão complexos para o mundo.
O homem sempre buscou a perfeição em todos os sentidos, como forma de expressão do seu ser, da sua expectativa diante da vida, de suas incertezas e também como busca de respostas, para as quais atravessamos milênios em discordância e até em guerras.
As esculturas e bustos criados em vários períodos formam uma parte desta representação que vemos no mundo atualmente.
Nos períodos pré-históricos entre 24.000 a.C e 2.100 a.C, por exemplo, tais esculturas eram representadas por mulheres e animais e quase sempre, quando não tinham intuito instrutivo como caça e proteção, simbolizava a fecundidade e rituais. A Vênus de Willendorf é um exemplo.
No Egito antigo, a escultura e os bustos centralizavam-se na imagem do Faraó. Um detalhe importante, por ordem do Faraó, ao chegar da sua morte, todo o seu séquito era enterrado junto com ele nas pirâmides, vivo, como forma de o líder encontrá-lo do outro lado da vida.
A arte através de bustos e esculturas, permitiu que o Faraó encontrasse o mesmo séquito, sem provocar centenas de mortes. Divindades representadas por aves e outros animais, meio bicho/meio homem, tornaram-se comuns como forma de expressão e fé.
Na Grécia, o berço da arte e da escultura encontrou amplo espaço para estudo e aperfeiçoamento através dos corpos, ainda ligados a uma divindade. Desta vez, a representação mais adequada visava mais o respeito às divindades e outros cultos.
Posteriormente, na arte romana – que apropriou-se de boa parte das técnicas gregas -, os corpos foram mais detalhados visando a forma humana comum e de qualquer outro ser humano, sem atrelar-se à qualquer religiosidade.
No período renascentista, a arte trouxe a bustos e esculturas uma preocupação profunda com todos os detalhes possíveis do corpo e de seus movimentos.
Roupas, expressões, movimentos eram piamente esculpidos em bronze, mármore, argila, madeira e diversos outros materiais. O nu sobreveio à cultura de uma época onde o homem já era prisioneiro de seus preconceitos e dogmas religiosos.
Naquele tempo, por ordem da igreja, artistas não poderiam retratar “nus” sem um pano devidamente pintado nas partes íntimas. Imagens de santos e anjos nem por brincadeira seriam representados de forma “popular”, sem qualquer ar divino na tela.
O famoso quadro de “São Matheus”, pintado por Michelangelo Merisi, mais conhecido por “Caravaggio”, é um exemplo.
O artista precisou pintar dois retratos, visto que o primeiro, o apóstolo de Jesus foi retratado de forma humilde, sujo como um pescador, precisando da ajuda de um anjo, que o segurava pelas mãos para ajudá-lo a escrever o evangelho.
A igreja recusou o quadro e o segundo foi um santo, envolto em mantos sacros, recebendo a ajuda imponente de um anjo que manteve acentuada distância dos céus.
A escultura barroca destacou-se no meio religioso e foi bastante marcante pelos jogos de luz e movimento que conseguiu imprimir. No Brasil, o maior expoente foi Aleijadinho.
Posteriormente, clareza e equilíbrio voltam à tona na escultura neoclássica, que inspirada no período helenista, deixou de lado a dramaticidade e o excesso de detalhes das obras.
Por fim, a escultura moderna, combinando diversos estilos e épocas, procurou alternativas que pudessem ser ainda mais abrangentes no mundo. Com características do impressionismo, as esculturas e bustos incorporaram técnicas do cubismo e do dadaísmo.
Assim, a Formas do Fogo inspira-se no melhor da arte para registrar o seu momento na história! Procure-nos e torne-se parte do mundo!